segunda-feira, 30 de março de 2009
sábado, 28 de março de 2009
Pergunta / Resposta
Gostava de ser corajoso como a pedra granítica exposta às intempéries e ao passar das eras.
(não sei se respondi à pergunta…)
quinta-feira, 26 de março de 2009
sábado, 21 de março de 2009
Chagas de Amor (por causa deste dia, hem...)
Este dia mundial da poesia apanhou-me com Federico García Lorga nas mãos. Assim, é com um soneto traduzido em português que presto a minha homenagem a este dia. Mas, recordando que a poesia é para todos os dias. Ai de nós se assim não fosse…
Esta luz, este fogo que devora.
Esta paisagem gris que me rodeia.
Esta mágoa por uma só ideia.
Esta angústia de céu, de mundo e de hora.
Este pranto de sangue que decora
Lira sem pulso já, lúbrica teia.
Este peso do mar que me golpeia.
Este lacrau que no meu peito mora.
São grinalda de amor, cama de ferido,
Onde, sem sono, sonho-te a presença
Entre as ruínas do peito meu sumido;
e embora eu busque o cume de prudência
dá-me teu coração vale estendido
com cicuta e paixão de amarga ciência
Federico García Lorca
Tradução de José Bento
In Antologia Poética, Edições Relógio D’Água
quinta-feira, 19 de março de 2009
Braga, Braga, Braga
Já há algum tempo que tinha vontade de dedicar “tempo de antena” à cidade dos arcebispos. Tenho uma crescente admiração por esta cidade. Assuntos não faltam para ter uma boa desculpa para a elaboração de um post.
Hoje, depois de ter terminado o jogo com o PSG - mesmo sendo eliminada a equipa arsenalista - apeteceu-me ter estado lá naquele estádio a gritar: “BRAGA! BRAGA!”
Pela atitude, pela dignidade, pela coragem. Foi uma lição bem dada…
Braga forever!
Eu até sou cliente de outra empresa, mas este anúncio está genial!
quarta-feira, 18 de março de 2009
Del Amor Desesperado
segunda-feira, 16 de março de 2009
Ubíquo
Não te vás já embora. Fica mais um pouco.
Deixa-me fechar os olhos e observar-te. Deixa-me escutar o silêncio das tuas palavras. Deixa-me ser encorajado pelos teus medos.
Fica. Apenas mais um pouco.
Pode ser um eterno minuto ou uma efémera hora. Escolhe.
Irás. Mas, hesitas.
Isso vale mais do que a soma e a multiplicação ao cubo de todas as palavras do dicionário que se relacionem ou sejam derivadas de “alegria”, “positivismo” e “coragem”.
Agora vais. Tens que ir.
Mas, o hiato que passou entre o dizeres que te ias e quando realmente fostes valeu todas as palmadinhas afáveis nas costas, todos os apertos solidários no ombro e todos os abraços intensos que foram dados hoje no mundo inteiro.
Foste.
Mas afinal ficaste.
quinta-feira, 12 de março de 2009
Foi na Alemanha, mas também pode assistir a um num monitor perto de si
(Estou sentado, já passa…)
Alentejano...
Um alentejano apanha um comboio para ir a Lisboa e senta-se ao lado de um senhor muito bem vestido. O alentejano começa a olhar e pergunta: Por acaso você nunca apareceu na televisão?
Ao que o dito senhor, sorrindo, responde: Sim, eu costumo ir a muitos concursos de cultura geral e por isso o Sr. deve-me conhecer daí. Olhe, como a viagem vai ser longa, você por acaso não quer fazer um jogo comigo?
Pode ser, respondeu o alentejano.
Então fazemos assim - propõe o senhor dos concursos - como eu tenho mais cultura que o senhor, você faz-me uma pergunta sobre um assunto qualquer e se eu não souber responder, dou-lhe 50 euros. A seguir faço-lhe eu uma pergunta e se não souber a resposta, dá-me só 5. Concorda?
Vamos a isso, responde animado o alentejano.
Então eu faço-lhe a primeira pergunta. Diga-me o nome da pessoa que escreveu "Os Lusíadas", aquele poeta só com um olho, que dignificou Portugal? O alentejano começa a pensar e passados alguns instantes diz: Nã sei. Ê nã sei leri.
A resposta era Luís de Camões. Dê-me os mil escudos e agora faça-me uma pergunta qualquer, diz condescendente.
Tomi. Depois pergunta: bem, qual é o animali que se o encostar a um chaparro sobe-o com quatro patas e desce-o com cinco patas?
Olhe, essa nem eu sei, responde o homem muito admirado.
Então passe para cá os 50 euros, exige o alentejano.
Tome - acede o senhor dos concursos - Mas agora diga-me, que animal é esse?
Tamém nã sei. Tome lá 5.
(Recebida por e-mail e dedicada com muito carinho ao que de melhor existe neste pais: o Alentejo e seu povo)
terça-feira, 10 de março de 2009
Shakespeare, I Presume?
Descobriu-se uma pintura que andou mais de 300 anos escondida e que retrata o bardo inglês com 46 anos. Afinal, parece que todas as pinturas até agora conhecidas e que o retratavam eram apenas cópias.
Noticia do Jornal Público. Mas, a edição de ontem do El Pais acrescentava também a incerteza que existe sobre a quem eram destinados os seus famasos Sonetos. Não é que agora estão com dúvidas sobre a orientação sexual do escritor inglês?
segunda-feira, 9 de março de 2009
Grelos, Queijo & Companhia
Voltando á cozinha.
Gosto de aproveitar os frutos e legumes no tempo em que a natureza naturalmente os desenvolve. Ultimamente deixei-me seduzir pelos grelos, ou espigos, que reluzem no mercado e, que depois acumulo com os que aparecem pelas mãos de gente generosa que, moldadas pela vivencia rural, assumem quotidianamente a alegria da partilha.
Grelos com molho de queijo
Deitei um pouco de azeite numa frigideira, ao qual, depois de aquecido, acrescentei um pouco de farinha, sempre a mexer e até cozer um pouco e ficar espesso. Juntei então um copo de leite e continuei a mexer.
Esta é uma adaptação que fiz da receita original que encontrei aqui, e de onde tirei também a fotografia acompanhante.
quinta-feira, 5 de março de 2009
Se
Mas por vezes, na rua, sem reflectir, com um gesto natural, ela tomava-me o braço, e então, sim, eu dava por mim a chorar essa outra vida que poderia ter sido, se alguma coisa se não tivesse quebrado tão cedo.
... era o curso inteiro dos acontecimentos, a miséria do corpo e do desejo, as decisões que se tomam e que se não podem fazer voltar atrás, o próprio sentido que escolhemos dar a essa coisa a que chamamos, talvez erradamente, a nossa vida.
In As Benevolentes, de Jonathan Littell
terça-feira, 3 de março de 2009
Forever
Neste despertar de Março, acrescento mais uma música para a minha banda sonora de 2009. Desta vez armei-me em arqueólogo e recuperei uma antiguidade; uma preciosidade dos meus adolescentes e gloriosos anos oitenta. Esta música teve então os seus momentos de glória nos rádios e nas cassetes de muita boa gente. Entretanto, no que me diz respeito, a certa altura, ela sofreu uma espécie de mutação.