quinta-feira, 30 de julho de 2009
Casca
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Porque o contador chegou aos 10 000!
terça-feira, 21 de julho de 2009
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Prémio FJ
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Refleões sobre uma frase solta
“Quis mudar o mundo, mas acabei por começar a mudar-me a mim.”
(“Meu desejo?” Mas o que é que estou para aqui a escrever? Devo estar parvo…)
Quis maquilhá-lo, quis transvertê-lo como os cânones – o desejo, mas dos outros - mandavam.
Por isso perdoe-me o rabino que pensou e escreveu aquela linda frase, por a estar a usar desta maneira tão minha, mas as frases são como os balões de hélio. Soltamo-los e depois cada corrente de ar faz com ele o que quer.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Por onde começar
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Paraíso
Estar numa varanda.
Ver o dia a nascer.
Descascar e comer uma laranja em jejum.
Ter á frente a planície alentejana.
Sentir a frescura da noite que se despede da terra e, trazida pela brisa, afaga-me a cara antes de se dissolver no alto; ver a luminosidade do dia a piscar os olhos, ainda sonolentos, ao mesmo tempo que inunda todos os reguinhos do solo.
O paraíso existe. Está na planície alentejana.
(Meu Deus, como tinha tantas saudades tuas, terra da minh’alma!)
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Vertigem (ou coisa parecida)
Nesse início de dia, a auto-estrada parecia feita apenas para mim. Os poucos carros que encontrava nem faziam a diferença. O sol bem que tentava impor-se no horizonte, mas o ar meio enevoado não lhe dava acesso ao protagonismo que ele tanto gosta. O ambiente, a certa altura, fazia lembrar um filme. Um filme qualquer, naquelas partes lentas, em que, embora tudo seja previsível e artificialmente arrumadinho, ficamos encantados com o magnetismo doce da cena; qualquer frase mais ou menos rebuscada, que é dita num contexto assim, soará a máxima que nos marcará a vida como um ferro em brasa na pele.
A música, a estrada, a paisagem. Fiquei tonto. Algo em mim ultrapassou a fronteira do corpo. A música, embora tentasse estilhaçar-me os tímpanos, era minha aliada numa forma estranha de simbiose. Envolveu-me. Tentou pôr-me fogo nos olhos; insistiu em chegar a algo que está dentro. Só me apeteceu dar com a cabeça em alguma coisa para ser congruente. O esporádico arranhar de notas na guitarra eléctrica provocou-me uma breve convulsão.
I don't care if it hurts
I wanna have control
Por fim terminava. Olhei para o ponteiro da velocidade e nem sei como lá tinha chegado. Baixei o som. Voltei a colocar a música no princípio – faixa 4 – e preparei-me para escutá-la outra vez.
What the hell am I doing here?
I don't belong here
I don't belong me.