sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Sonhos

O ponto de partida é a irracionalidade. A razão da sua existência, da sua manutenção e persistência.

Outra ponto a ligar é a vida. Como é e como a queremos ver.

Outra peça a juntar é a intolerância. O encarar o nosso semelhante como se fosse o pior inimigo da nossa espécie. Neste tópico, faço uma extensa nota de rodapé que inclui um especto de cores que vai desde a indiferença até atos de crueldade que não lembram a uma antologia de psicopatas.

Também peguei na existência da mentira. Na maneira como se usa sem pudor mesmo que a sua existência não tenha sequer pés de barro farinhento.

Não sei se encontrarei mais ingredientes, peças de puzle ou pontos de viagem num mapa imaginário. Se encontrar, lá os encaixarei.


E a ligação surgiu-me com a frase de um filme. "Não somos capazes de lidar com a verdade"! Não conseguimos encarar a vida como é. Necessitamos de sonhos, de coisas imaginadas, com tanta força, com tanto desespero, com tanta sofreguidão, que todo e qualquer outro que tenha a ousadia de, nem que seja apenas riscar esse nosso sonho feito nossa utopia de vida, é afastado, destruido até.

Certas pessoas, ou sociedades, necessitam muito de uma ilusão que as faça sentir com um objetivo, com um consolo, com uma ideia de justiça cósmica. Partido dessa carência, o que se segue é que todo e qualquer divergência é para eliminar. Castigar.

...

Pensava que o sonho comandava a vida no bom sentido. Sei agora que comanda também as mais tenebrosas forças existentes no ser humano.