ao mesmo nível pontos não acessíveis separados
por obstáculos naturais ou artificiais.”
O mês de Maio acabou. O que vai desta vez a blogosfera deixar para a posteridade na minha memória?
Foi um mês emotivo. Remexi nas minhas feridas. Doeu, pois claro! Mas, diz o povo na sua providencial sabedoria, que “o que arde cura”. Não está curado, não senhor. Mas, continuo a reinventar maneiras de conviver melhor com elas…
Foi um mês de intermitências. De interrupções. De solavancos. Do pára-arranca. De um mundo que, vai-não-vai, ameaça ficar de pernas para o ar! Foi um mês atípico que testou os meus “confortáveis” limites.
(Mas, isto são só desabafos. Adiante.)
Mas, o que realmente me apetecer marcar como importante no fim de cada mês é o que recebo de outros, não as minhas patéticas crises existenciais.
Quando comecei a escrever o meu blogue no já longínquo Novembro de 2007, quais eram as minhas expectativas? Deixar sair a pressão, ler outros blogues, comentá-los, receber comentários que me estimulassem. Isso, gradualmente aconteceu.
(Há coisas fantásticas não há? E não precisei da TV Cabo…)
Mas, para minha surpresa, o mundo da blogosfera começou a fermentar. Não para um nível paralelo, mas, complementar. Algumas pessoas passaram do seu blogue e dos comentários no meu blogue para um contacto personalizado no e-mail. Desde o envio regular de powerpoints (alguns para gozar com o Benfica!), filmes e fotos, desde palavras de ânimo ou um simples cumprimento.
Em Maio essas pontes atingiram um patamar que me surpreendeu. Reaprendi que quanto mais verdadeiros somos, mesmo quando a verdade é incómoda, mais recompensas a vida nos dá. O que não esperava foi reaprender esta lição aqui, na Internet, onde tantas mascaras e imagens existem para ocultar a realidade. Onde tão medroso eu comecei. Não esperava uma lição tão bem dada…
É para todos esses construtores de pontes que vai o meu prémio PorQueMeApeteceum deste mês.
Não vou nomear nenhum nome. Já é do conhecimento geral quem é conhecido por esse espírito. Mas, outros não. E se os elogios são públicos, o que é privado, por vezes, é mesmo privado.
Mas, ao lerem este post todos eles sabem que estou reconhecido pela sua humanidade, delicadeza e atenção. Fui educado para nunca esquecer o que me fazem de bem. É uma simples maneira de o tentar fazer.
(Claro, que sei que há outro nível á minha espera! Sim, eu sei que perdi o jantar dos bloguistas. Esse faz parte do outro nível. Mas, cito o grande Antonio Machado: “Se hace camino al andar.”)
P.S.
Gostava também de dizer que tenho muita pena pelo término do blogue A Bruma dos Dias. Entendo perfeitamente que por vezes precisamos de um tempo de pausa. A vida exige isso de vez em quando. Mas, Moi: quando tudo estiver equilibrado volta!
Apetece-me voltar a ler esses posts…
Também para o Pinguim o desejo que aproveite os dias que aí vão chegar.
Apetece-me dar-vos um abraço!