Sinto a tua falta.
Tenho saudades da cadência dos teus passos, do rumor das tuas chaves, da alegria do teu cumprimento.
Não consigo o que substitua
o calor do teu abraço, o arranhar da tua barba, os arrepios das tuas cócegas.
Faltas…
Que raio de filmes são estes em que não existe a tua cabeça no meu colo? (que bom a minha mão sentir o teu cabelo)
Que sabor pode ter este jantar se não o vens cheirar e dizer (só para me chatear) que perdeste o apetite?
Que noites são estas sem o calor do teu abraço e o compasso da tua respiração?
Sinto-me só.
Sem alguém que me diga que sou preocupado demais, que devo esquecer as chatices do trabalho, que os outros é que não me dão o real valor.
Sem quem me garanta que não sendo perfeito, sou perfeitamente transparente e desejado.
Sem uma pessoa que me dê abanão (se for preciso, um estalo) quando o pânico me quiser dominar.
Continuo a sentir a tua falta.
Que musica pode ser esta se não estás aqui para a compartilhar?
Que praias posso ir sem a marca dos teus pés descalços?
Que castelo visitar onde não tenha que te contar a história dele?
Tenho saudades tuas.
E, (por ironia) tu não as podes sentir de mim.
Se tu não sabes…
4 comentários:
Porque não tentas dizer-lhe?
Abraço.
Não é de bom tom, mas vou admiti-lo: chorei ao ler este seu post... Lembrei-me de tanta, tanta, tanta coisa... Abraço, e força! Sei que não ajuda, mas percebo...
pinguim,
eu diria, diria.
mas, que fazer quando não se pode ou se tem medo de ser rejeitado?
rato do campo,
ser entendido é um privilégio que prezo muito, é uma coisa rara. Se mexi contigo, é porque os meus sentimentos tem alguma consistência.
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