sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

A carta que nunca te escreverei




Amigo,


Tinha que a escrever. Quanto antes melhor, sob pena desta ferida nunca mais deixar de latejar, mesmo que a sinta cicatrizada. Sinceramente, não sei se estou movido pela necessidade de uma espécie de catarse, ou se foi pela leitura das cartas do encadernador de borboletas, que o Vasco tem publicado no seu blogue, que fui relembrado do poder que as palavras encerram. Elas podem revelar a intensidade da dor, podem ser apenas libertadoras ou, espero eu, podem tentar limitar os estragos do passado. Será tão-somente uma derradeira necessidade de tentar ser sincero com a vida? Sei lá! Com os erros de auto-avaliação que tenho no currículo, nem posso me dar ao luxo de aclarar com segurança estes assuntos. Sinto apenas que hoje chegou a altura de o dizer. A ti.


Recordo o inicio como se fosse ontem. Primeiro, a imagem de um sorriso franco e sereno. Depois como a tua personalidade foi ganhando terreno. Revelaste-te como alguém presente, interessado e gradualmente dedicado. Reparei que não o eras apenas comigo, era a tua maneira de ser. Se podias fazer algo – pequeno ou imenso - para animar o dia dos que te rodeavam, fazias. Sem contas, estratégias ou interesses. Espontâneo. Como deixar de reparar?

Fui afortunado em desenvolvermos uma amizade. Ela cresceu alicerçada nas rotinas do quotidiano. Coerentemente, tornaste-te em alguém que nunca se cansou de estar presente nos bons e maus momentos. Nunca, nem uma única vez, consigo recordar ter ficado sem o teu apoio. Cumplicemente começamos a saber comunicar sem palavras; bastava olharmo-nos e sabíamos como tinha corrido o dia, o que pensávamos de certa situação ou se existia algum pensamento inquietante. As incertezas, as duvidas, as alegrias e as expectativas eram divididas como uma tablete de chocolate. Quando queria rir das pequenas cusquices do dia-a-dia, escutavas e tinhas sempre algo divertido para acrescentar. Até sabia que, quando, na minha ausência, existia alguma conversa com um enfoque negativo sobre mim, a tua expressão era tão feroz que ninguém continuava. Para dizer a verdade, também me chateei com alguns que não iam com o teu feitio.

Quando certa vez disseste que me consideravas o teu melhor amigo, o meu sorriso interior foi tão grande que ia-me saindo pelas orelhas. Senti-me com uma sorte consideravelmente maior do que se me tivessem informado que tinha ganho o euromilhões.


Mas, foi nesse patamar que comecei a sentir-me gradualmente atordoado, confuso e com um peso enorme na minha alma. Estava a trair-te. A trair a tua sincera dedicação; a trai-me, estupidamente, também a mim. O que para ti era amizade pura e empenhada, para mim começou a ser mais do que isso. Eu sinceramente tentei controlar o curso dos acontecimentos, eu quis travar o meu sentir com a mais intensa das forças, mas tudo fugiu ao meu controlo. Era como estar no meio de um furacão a tentar controlar um cata-vento. Uma moinha enjoativa gradualmente possuiu a minha cabeça e pausadamente entranhou-se em todos os cantos do meu corpo. 

Lembraste daquela vez em que choraste? Não sei como forcei as minhas mãos a ficarem paradas; não sei como as convenci a não limparem delicadamente as tuas lágrimas; não sei como não guardei as tuas entre as minhas – qual jóia delicada - e te disse: estou aqui.

(Não quero continuar com exemplos, pois está-me a ser mais doloroso do que pensava recordar estes momentos fragmentados. Penso que já entendeste onde quero chegar; o que quero te dizer.)


Consegui arduamente, neste mar de sentimentos aterradoramente revoltos - onde tanto me sentia feliz, como, na mesma exacta medida, miserável - encontrar um farol de lucidez. Cheguei a entender que, por gostar tanto de ti, tinha por missão prioritária, proteger-te de mim. Assumi, sem qualquer problema, que a tua felicidade era mais importante do que tentar enlaçar-te na minha teia de afectos desequilibrados. 

Senti uma dor fina de morte, bem como, simultaneamente, uma enorme paz, quando comecei a trilhar o caminho do afastamento. Afinal, o bem-estar de quem amamos é - deve ser - o objectivo final e supremo da nossa acção. Foi assim que me convenci, e é assim que continuo pensar. Vejo-te assim, neste momento, pelas lentes do distanciamento. Tenho-te na memória, num patamar especial, sem dúvida, mas sem a esmagadora sensação da paixão. Não posso dizer que o preço foi baixo, mas caramba, tudo o que vale a pena é caro; não há borlas nesta vida!

Como bónus, aprendi a conhecer-me. Deixei-me de mascaras e artifícios engenhosamente elaborados para iludir-me. Soube cristalinamente o que era desejar e amar. Na minha frustração, tento renascer; no meu sofrimento, tento edificar as fundações da minha paz.

(Assim, já sabes porque a partir de uma dada altura eu era emocionalmente inconstante. Já sabes porque a certa altura comecei a afastar-me.)


A suprema ironia é, neste momento, imaginar que podes muito bem ler esta carta. Ainda um belo dia vais fazer uma pesquisa, com o Google, e vens dar aqui. Estou a imaginar-te a ler isto e, ao abanares a cara de aversão, murmurares qualquer insulto barato dirigido aos malucos que andam a escrever neste tipo de blogues. 

E nem imaginas que tu és o destinatário! Que aquele teu amigo - nas tuas palavras - tão razoável, tão hilariante e leal, nos seus profundos pensamentos adorou-te como se fosses um deus e que, sem outra alternativa, deixou aqui uma carta para purificar-se dessa fase e tentar seguir em frente na vida. Seja lá o que isso queira dizer.


Bem Hajas! Que tenhas tudo o que de melhor a vida te proporcionar. Porque mereces e porque eu quero isso com toda a minha força.

Um abraço!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Ilhas de Bruma

domingo, 25 de janeiro de 2009

...


Podia enunciar muitas e válidas razões para me lembrar deste dia. Uma foi ver morrer uma pessoa em directo.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Llovizna

Yo quisiera poder ser feliz como um pájaro
Una flor que ha nascido en el campo
Y no espera más que la lluvia o el sol

Yo quisiera nascer cada nueva manãna
En la luz de un rayo de sol que desnuda la más alta montanã
Y bajar en la suave llovizna
Que cae despertando la tierra
Con el frescor, la claridad del alba

Yo quisiera sentir libretad como un águila
Cuando abre sis alas y suelta en el valle una sombra fugaz
Y sentirme raíz del mayor de los árboles
El que roza en las nubes sus ramas desnudas y las hace llorar
Su tristeza en la suave llovizna
Que cae despertando la tierra
Con el frescor, la claridad del alba

Yo quisiera arrasar todas estas murallas
Las que callan mi voz en un hueco de sombra y piedra mortal
Y decodificar el sentir de la gente
Que no sabe o no puede aprender que vivir es mejor que soñar
Es igual que la suave llovizna
Que cae despertando la tierra
Con el frescor, la claridad del alba


Yo quisiera morir en un dia de invierno
Para sentir la lluvia mojarme la cara una última vez
Como sentir tu boca tocándo la mía
Y aunque solo un instante pensar que no es ese mi último adiós
Que morir es cómo essa llovizna
Que cae despertando la tierra
Con el frescor, la claridad del alba.

Mafalda Veiga


Será por causa destes dias cinzentos que temam em embaciar todas as janelas?


Será pela maneira em a besta e odiosamente crua morte fez-me sentir o quão perto está? 

Será por sentir a minha armadura gelada rachar e estar a ter a capacidade de sentir em mim os sentimentos dos outros?

Fosse pelo que fosse, gostava mesmo de ir para a rua e de braços abertos olhar para o céu e sentir o chuvisco a cair na cara. 


quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Dardos



Pinguim concedeu ao meu Castelo d’Areia a distinção “Dardos. Além de ser um prestigiado prémio bloguistico, pessoalmente encaro este gesto como um incentivo pleno de solidariedade e empatia. Procurarei estar à altura!

Segundo as regras, deveria nomear blogues, que leio e estimo, para receberem igualmente este prémio. Respeitando o espírito desta orientação vou, no meu caso, amoldar um pouco este procedimento, pois não faz muito tempo que já referi aqueles que, para mim, foram os blogues importantes no primeiro ano de vida do meu castelinho. Para não me tornar repetitivo e, como gesto adicional, alargar o prémio a quem procura viver com uma atitude construtiva este mundo dos blogues, vou atribui-lo a todos os blogues que estão na coluna à direita e a todos os bloggers que seguem e comentam este meu canto de desabafos, a que chamei, por uma certa nostalgia, Castelo d'Areia.

Bem hajas Pinguim pelo prémio. Bem hajam a todos os que com a sua escrita iluminam os meus dias.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Demónio

Então, pelo ermo da minha enorme fadiga, acometia-me às vezes o demónio solitário que só agora eu ia conhecendo. Vinha devagar, de olhos turvos e magoados, e vertia-me lentamente, sobre a fronte, um óleo espesso e quente. De outras vezes, sentava-se-me apenas diante, descansava o queixo entre as mãos e fitava-me em silêncio. Ou de olhar duro, serenamente cruel, esmagava lentamente nas mãos de aço o meu pobre coração, até deixá-lo numa massa de sangue, e atirava-o depois para trás das costas sem me desfitar. Eu sorria, chorava até ao íntimo dos ossos, mas abandonava-me à dor com um prazer vicioso. Muitas vezes, forçado a enrolar-me na balbúrdia dos recreios, esquecia-me dele e gritava, desvairado, o meu acesso de alegria. Mas, a meio do delírio, subitamente, eu via o meu demónio encostado a um castanheiro, de costas para mim, como se tivesse a certeza de que eu o iria procurar. E eu ia, realmente, trespassado logo de negro, abandonava as correrias e juntava-me devagar à minha solidão. O meu companheiro tomava-me então o braço lentamente, ou metia-me pelos olhos dentro os seus dedos longos e recurvos, ou simplesmente olhava impassível os castanheiros nus sobre a terra vermelha e enregelada.

- Menino! Que está aqui a fazer? Vamos já brincar como os outros.

Virava-me bruscamente, dava de caras com o Perfeito. Regressava então, sucumbido, ao recreio, mas não podia tirar os olhos do demónio do meu silêncio.

(Manhã Submersa, Virgílio Ferreira)

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Comicidades










Este blogue merece uma visita!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Um dia perfeito

Prólogo

O Pinguim desafiou-me, em Agosto passado, para descrever eventos culturais aos quais eu gostaria de assistir durante um dia de férias. A ideia seria envolver diversas artes e referenciar algumas das coisas que gosto e outras que gostaria de conhecer, e que estão, digamos, em lista de espera. Foi esse o espírito que invadiu a escrita deste meu post. Tive então a ideia de descrever o que para mim seria um dia perfeito em que, ignorando as leis do espaço e tempo, estaria onde desejasse e a fazer o que me apetecesse, qual Jack Bauer. (Apertem então os cintos)


24 – A minha versão

Há que acordar cedo para aproveitar o dia. Também existe a necessidade de preparar o estômago para a maratona. Nada como um substancial e britânico pequeno-almoço. Enquanto preparo ovos com bacon, salsichas junto com cogumelos, tomate e uns feijõezinhos para fazerem companhia a um escuro e aromático café, decido escutar a Sinfonia No. 2 de Rachmaninoff. É o compositor que estou agora a descobrir nas minhas horas vagas. Um pouco nostálgico, é verdade, mas intenso q. b. para o típico inicio entorpecido do dia.

Tenho tempo para ler alguma coisinha antes de sair de casa. Acho que as 896 páginas do livro As Benevolentes de Jonathan Littell não serão um obstáculo neste dia em que o tempo só avança quando eu ordenar. Neste livro fascinou-me a análise da eterna questão dos actos hediondamente cruéis que o ser humano, por vezes, consegue fazer ao seu semelhante. Ainda por cima com a subtil ironia de o relato ser feito por um oficial SS, que é homossexual.

Vou levar mais dois livros, pois no caso de existir algum imprevisto, aproveito o tempo para ler. Sem duvida que levarei As Memórias de Adriano de Margerite Yourcenar e A Sombra dos Dias de Guilherme de Melo. São dois livros que estão na minha lista de espera. Ainda fico a olhar para trás para a poesia de Álvaro de Campos… 

Bem, avisam-me que tenho um avião particular à espera. Próximo destino: Bilbau, Espanha. Museu Guggenheim. Primeiro, tenho curiosidade em observar em primeira mão a arquitectura arrojada do edifício e o efeito conseguido na zona à beira rio. Seguidamente quero ver, quer a colecção permanente, quer a actual exposição temporária de pintura cedida pelo museu Kunsthistorisches Museum de Viena. 

Depois a proximidade do almoço é o pretexto para uma loucura. Vou até Istambul para almoçar, perto da Basílica de Santa Sofia, com vista para o Bósforo. Mas tratando-se de um dia mágico, não pode faltar o meu almoço preferido. Migas à Alentejana, um bom tinto alentejano, e Sericaia (ameixas em calda de Elvas incluídas) para sobremesa. O café é turco. (Isto é meio surrealista, mas o dia é meu…)

Toca a andar para o cinema. Apanho uma sessão tripla aqui mesmo na Turquia. Veria O Último Imperador de Bertolucci, que sempre me fascinou pela música e fotografia; Mystic River, de Clint Eastwood, para chorar um bocado; por fim Making Love de Arthur Hiller, um filme que aguardo com curiosidade.

Ainda a tirar as últimas pipocas do gigantesco balde, aterro em Milão, onde o La Scala está á minha espera com Carmina Burana de Carl Orff. (Acho que a culpa é do antigo anúncio da Old Spice…)

Olha para o programa do dia: segue-se bailado. Não é onde me sinta muito á vontade. Mas vou até Praga, para o belo teatro nacional assistir ao Pássaro de Fogo de Igor Stravinsky. Creio que a minha escolha foi, um pouco inconscientemente, para fugir ao clássico, e assim fui seduzido pela fama deste músico meio revolucionário para a sua época.

Teatro. Vou ao Porto, Teatro Nacional de São João assistir ao Mercador de Veneza de Shakespeare. Como brinde, uma francesinha para o jantar, pois claro!

Hesito o que escolher para os concertos. Tantos cantores e bandas que gostaria de ver ao vivo! Mas, vou deixar sair a minha faceta clássica e romântica. Como é um dia em que tudo é possível, escolho os Madredeus, mas na sua constituição original, ainda com Teresa Salgueiro e Rodrigo Leão, a actuar no interior do Castelo de Belmonte, naquele anfiteatro tão despretensioso e familiar.

Depois, aproveitando o desfasamento horário, vou ainda ao Canadá assistir a um concerto de Leonard Cohen.


Epílogo:

Chá verde com jasmim e… cama.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Intervalo para publicidade

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

I have a dream (oito vezes)




Gritomudo
e Carpediem desafiaram-me, com alguns dias de intervalo, a colocar por escrito, aqui no blogue, oito sonhos que desejava que se realizassem no decurso de 2009.

Aqui estão.
Podiam ser mais, podiam ser outros, talvez alguns até pudessem ser mais pessoais. Mas, ficam estes, que são os que me ocorreram, e, que são genuínos na intensidade com que desejo a sua concretização.



Benfica
Claro que o meu sonho era que este ano fosse o campeão. Mas, como o meu sonho tem “os pés colocados em terra firme”, desejo que neste ano, pelo menos, consolide-se o projecto de criar uma equipe que jogue bem, que se entrose e faça regressar boas exibições e bons resultados com regularidade. Assim, ficava com mais vontade de concretizar o meu sonho, sucessivamente adiado, de ir assistir a um jogo na “Catedral”.


Religião
Que os sentimentos religiosos deixem de ser, para alguns, pretextos de ódio, preconceito, manipulação e atraso. Que as pessoas crentes aprendam a alegria da fé conjugada com a da tolerância. Que entendam, sem margem de duvida, que a tolerância não é sinal de fraqueza ou de se permitir “coisas pecaminosas”. A tolerância é sinal de personalidade forte e de uma convicção superior. A tolerância é aceitar que se têm fé num Deus que permite o livre arbítrio e as escolhas responsáveis de todos os seus filhos. A tolerância é crer que, quando Deus tem que corrigir ou julgar alguém, o faz em privado, pelos seus insondáveis e superiores meios.


Crise
Em Portugal. Que os casos de pessoas ou famílias em real crise, e que muitas vezes são as que menos se queixam publicamente, sejam resolvidos ou pelo menos tenham o apoio necessário. Que também todos aqueles que tenham que temporariamente passar com um pouco menos o saibam fazer com dignidade e esperança. Que o verdadeiro espírito de solidariedade e entreajuda exista todo o ano e, principalmente, para com aqueles que estão perto de nós. Que o estado não desperdice recursos em coisas supérfluas e demagógicas.
No Mundo. Que, por exemplo, não veja morrer pessoas de cólera só porque no seu pais não existe saneamento básico.


Educação
Que a escola pública seja um local em que professores e alunos encontrem sentido e satisfação. Não me interessa as minuciosidades técnicas, interessa-me que seja desenvolvidas as bases para promover o espírito de uma boa educação para todos. Sem cidadãos bem educados e bem formados não se pode semear a esperança e o futuro. Que os pais entendam que a educação dos seus petizes começa em casa. Que não a podem, nem a devem, delegar exclusivamente à escola, e que não existe substituto para o tempo e atenção que devem dar aos seus filhos.


Amizade
Que os amigos continuem a ser das melhores coisas do mundo. Que todas as sementes de amizade que tenho encontrado se consolidem (porque as prezo tanto!). Que eu sempre saiba estar à altura da responsabilidade que envolve dizer a alguém que sou seu amigo. Que nunca desiluda a alguém por falta de carácter ou incoerência. Que mesmo na minha limitada situação, saiba revelar apoio e lealdade. Que os meus amigos sempre encontrem em mim o à-vontade para escutar deles os elogios e, quando necessário, as palavras correctivas.


Futuro
Que saiba ter a sabedoria para continuar a entender o meu lugar no mundo. Que saiba encontrar esperança nos caminhos que trilho. Que saiba ter habilidade para respeitar os que me rodeiam e não são culpados de encontrar-me a descobrir sobre quem realmente sou. Que saiba desatar os nós com que a vida me rodeou sem penhorar quem eu sou, na plenitude dos meus princípios e valores.


Saúde
Sem saúde nada vale a pena. Saúde para mim, mesmo que por enquanto ela ainda seja razoável. Para os que me rodeiam e para os meus amigos. Muito ânimo e força para os que estão a enfrentar situações em que lidam com a falta de saúde de seus entes queridos.


Voluntariado
Desejo que cada vez mais pessoas encontrem tempo e gosto para apoiarem de uma maneira bonita o seu semelhante. Desejo que seja um ano excelente para aqueles que, muitas vezes de uma maneira pouco visível, abdicam uma moderada parcela do seu tempo e de sua comodidade para se envolverem em projectos de apoio em hospitais, em casas de repouso de idosos, no trabalho com jovens carenciados, nas ruas com os sem abrigo ou numa associação de protecção de animais, entre outras causas. Que continuem a sentir a pura alegria de dar sem esperar recompensa monetária ou louvor público. Que se sintam imensamente retribuídos ao olharem nos olhos de quem tentam aliviar de algumas das mazelas deste mundo.



Cabe-me agora indicar oito blogues a quem passo esta tarefa. Bem num espírito de sã e divertida convivência bloguistica aqui ficam as indicações, na condição de que se divirtam ao fazê-lo, se tiverem paciência e tempo para tal. Procurei lembrar-me de alguns dos que ainda não tinham respondido a este desafio. Desculpem se repetir alguma nomeação já feita por outro companheiro(a). Se não estiverem para continuar a corrente, não se preocupem que não levo a mal. Pelo menos ficam a saber que me lembrei de vocês…


Arion
Maurice
Graphic_Diary
Por detrás do muro
André Benjamim
Ophiuchus
No Limite do Oceano
Manuel Serrano
Jorge Ferro Rosa
In senso
Kapitão Kaus
Mikael

(Espero que ninguém repare que indiquei 12! Alguma regra tinha que ser quebrada…)


P.S.
Devido a uma época conturbada que recentemente passei e ao esquecimento, admito, não respondi a um
excelente desafio que há alguns meses o Pinguim me colocou. Primeiro, as minhas desculpas pela indelicadeza. Depois a promessa que o próximo post vai tentar remediar essa minha falta.
Pinguim, junto com as minhas desculpas e aproveito para desejar que ultrapasses essa fase tão triste que estás a passar
.


sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

i'm a believer

Uma música recuperada para começar a compor a minha banda sonora de 2009.


Alegre, que de tristeza já basta os silêncios murchos das rotinas.

Cheia de fé, que de acanhados pragmatismos já existem caixotes cheios.