Cando penso que te fuches,
negra sombra que me asombras,
ó pé dos meus cabezales
tornas facéndome mofa.
Cando maxino que es ida,
no mesmo sol te me amostras,
i eres a estrela que brila,
i eres o vento que zoa.
Si cantan, es ti que cantas,
si choran, es ti que choras,
i es o marmurio do río
i es a noite i es a aurora.
En todo estás e ti es todo,
pra min i en min mesma moras,
nin me abandonarás nunca,
sombra que sempre me asombras.
ROSALÍA DE CASTRO
Este poema cantado é um dos mais belos e populares da Galiza.
Aqui cantado por Luz Casal, uma das minhas vozes espanholas preferidas.
2 comentários:
Também para mim, Luz Casal é uma voz de excepção; e embora esta seja uma bela canção, prefiro outras...
Abraço amigo.
Pinguim,
Ela, além de uma voz fantástica, tem realmente canções notáveis.
Esta é especial para mim em algumas alturas. E o poema é fabulosamente triste...
Abraço!
Enviar um comentário