Pelo menos uma dessas ilhas diz-me muito, não é por acaso que todos os dias penso nela, foi lá que nasci e é lá que guardo as melhores recordações. Crescer numa ilha é algo de diferente, e eu perco todos os dias de não estar lá para respirar a humidade, olhar duma ponta a outra e ver que por mais limites que eu queira encontra naquele oceano, nunca o encontrarei.
Saudades é a melhor palavra que tenho para falar da "minha" ilha de bruma!
Carlos, Viver nos Açores é algo que não consigo explicar por palavras. Esta música, de tão intensa nos termos que usa, contém uma das minhas definições possiveis:
“nas veias corre-me basalto negro No coração a ardência das caldeiras O mar imenso me enche a alma Tenho verde, tanto verde, tanta esperança.”
Ilhas....fantásticas...misteriosas...adoro...sinto-me tão bem lá que para mim é a minha terra de eleição...todos os anos desde os 13 anos que vou para lá!!! E cada uma com seu encanto! S. Jorge e sua fajã de bruma...e lapas ao natural!(sabem a mar!) Pico e o chegar ao cume com a pernas quase a tremer e com uma vista pelo grupo Central( que saudades) Faial e o quase morto capelinhos...o escuro em contraste com o azul do mar!!! enfim tanta coisa que me fez lembrar e reviver! Saudades muitas!!!Obrigado!
...e...o mau tempo no Canal...e V.Nemésio... e olhar para o Pico do Faial...desculpa mas esqueci-me desta parte!!! Falar dos Açores é difícil para quem não sente os Açores!
Não resisto a acrescentar: e em São Miguel descer a pé até à Lagoa do Fogo? E saborear um cozido das Furnas? E tomar banho na piscina do Parque Terra Nostra? E na Terceira, ir ao Algar do Carvão? E Assistir a uma tourada à corda? E devorar uma sopa do espírito santo sentado com toda a freguesia no meio da rua? E na Graciosa ir visitar a espantosa caldeira? E ir ao Corvo sentir a vivencia numa ilha com pouco mais de 400 habitantes? E as deslumbrantes quedas de água das Flores?
Que comentário tão belo o teu! Sentes mesmo o “basalto negro a correr-te nas veias”…
Do not go gentle into that good night, Old age should burn and rave at close of day; Rage, rage against the dying of the light.
Though wise men at their end know dark is right, Because their words had forked no lightning they Do not go gentle into that good night.
Good men, the last wave by, crying how bright Their frail deeds might have danced in a green bay, Rage, rage against the dying of the light.
Wild men who caught and sang the sun in flight, And learn, too late, they grieved it on its way, Do not go gentle into that good night.
Grave men, near death, who see with blinding sight Blind eyes could blaze like meteors and be gay, Rage, rage against the dying of the light.
And you, (...) there on the sad height, Do not go gentle into that good night. Rage, rage against the dying of the light.
Dylan Thomas, 1952 ("Ripado" do blogue Açafate)
...É um adeus a horizontes, não é? Virão outros, mais promissores e, provavelmente, mais aconchegantes. Sinto que não andarás por aqui, mas sei que virás sempre.
Catatau
E as nuvens apareceram toldando o Sol daquela tarde! E os medos que sempre houve ampliaram-se no outro eu que és tu!
Dá-me a tua mão, e juntos, gritemos a força que queremos possuir para ir mais além, vencer mentiras e silêncios, conquistar o Sol e o Mar!
E quando amanhã recordares o temor de hoje, que seja num abraço terno e não no vazio do teu próprio sofrer…
13 comentários:
Depois de ver este vídeo, duas conclusões: as tuas saudades serão imensas; e eu tenho mesmo que ir conhecer as "Ilhas de Bruma".
Abraço amigo.
Ai que saudade...
Que bom foi rever tanta coisas da minha terra maravilhosa!
Pinguim,
Primeiro, eu sou o homem das saudades por excelência.
Depois, tens mesmo que conheceres os Açores, nem sabes o que perdes...
Abraço!
Tongzhi,
Pois...
A ti que te hei de dizer?
Abraço!
Pelo menos uma dessas ilhas diz-me muito, não é por acaso que todos os dias penso nela, foi lá que nasci e é lá que guardo as melhores recordações. Crescer numa ilha é algo de diferente, e eu perco todos os dias de não estar lá para respirar a humidade, olhar duma ponta a outra e ver que por mais limites que eu queira encontra naquele oceano, nunca o encontrarei.
Saudades é a melhor palavra que tenho para falar da "minha" ilha de bruma!
Carlos,
Viver nos Açores é algo que não consigo explicar por palavras. Esta música, de tão intensa nos termos que usa, contém uma das minhas definições possiveis:
“nas veias corre-me basalto negro
No coração a ardência das caldeiras
O mar imenso me enche a alma
Tenho verde, tanto verde, tanta esperança.”
Entendo plenamente essa tua saudade…
Abraço!
Nostalgias e saudades fazem bem, né...
Eu tb queria conhecer os Açores...
Flor do Sul,
Nostalgia e saudade são para mim palavras sagradas e agridoces.
Açores? Se tiveres essa hipótese não a percas.
Abraço!
em jeito de homenagem ás gentes, ás ilhas, á beleza...
Mors-Amor
Esse negro corcel, cujas passadas
Escuto em sonhos, quando a sombra desce,
E, passando a galope, me aparece
Da noite nas fantásticas estradas,
Donde vem ele? Que regiões sagradas
E terríveis cruzou, que assim parece
Tenebroso e sublime, e lhe estremece
Não sei que horror nas crinas agitadas?
Um cavaleiro de expressão potente,
Formidável, mas plácido, no porte,
Vestido de armadura reluzente,
Cavalga a fera estranha sem temor:
E o corcel negro diz: "Eu sou a Morte!"
Responde o cavaleiro: "Eu sou o Amor!"
Antero de Quental
Um poeta Açoriano
GRITOMUDO
The the,
Poema magnifico!
Aquele local é muito inspirador...
Obrigado pela partilha e um abraço!
Ilhas....fantásticas...misteriosas...adoro...sinto-me tão bem lá que para mim é a minha terra de eleição...todos os anos desde os 13 anos que vou para lá!!! E cada uma com seu encanto! S. Jorge e sua fajã de bruma...e lapas ao natural!(sabem a mar!) Pico e o chegar ao cume com a pernas quase a tremer e com uma vista pelo grupo Central( que saudades) Faial e o quase morto capelinhos...o escuro em contraste com o azul do mar!!! enfim tanta coisa que me fez lembrar e reviver! Saudades muitas!!!Obrigado!
...e...o mau tempo no Canal...e V.Nemésio... e olhar para o Pico do Faial...desculpa mas esqueci-me desta parte!!! Falar dos Açores é difícil para quem não sente os Açores!
Free_soul,
Ai moça o que me foste dizer!
Não resisto a acrescentar: e em São Miguel descer a pé até à Lagoa do Fogo? E saborear um cozido das Furnas? E tomar banho na piscina do Parque Terra Nostra? E na Terceira, ir ao Algar do Carvão? E Assistir a uma tourada à corda? E devorar uma sopa do espírito santo sentado com toda a freguesia no meio da rua? E na Graciosa ir visitar a espantosa caldeira? E ir ao Corvo sentir a vivencia numa ilha com pouco mais de 400 habitantes? E as deslumbrantes quedas de água das Flores?
Que comentário tão belo o teu! Sentes mesmo o “basalto negro a correr-te nas veias”…
Bjs
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