segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Castanhas. Oh! castanhas...



Não resisto às castanhas. Comprar na rua, apesar do preço frequentemente exorbitante, uma dúzia de castanhas assadas e, com o frio no rosto, ir descascando-as meticulosamente, à medida que nos pincelam os dedos de carvão e calor, é das melhores marcas registadas de um Outono que se preze.



Mas, também sou adepto de colocar a castanha na mesa como parte da alimentação. Na verdade, antes da chegada da batata ao continente europeu, ela era básica na alimentação. (Segundo rezam as crónicas, não que eu me recorde, não sou tão antigo!)


Dei comigo a salivar por uma receita que, há uns anos li na revista domingueira do jornal “Público”. Experimentei-a, pois claro! Apesar de ter sido trabalhosa, estou a preparar-me para voltar “ao ataque”. Aliás, se foi custosa foi porque tive que golpear, cozer, tirar a casca e a pele de todas as castanhitas, e depois, por causa disso, fiquei com as unhas numa miséria! Mas, agora podendo ser compradas já descascaditas e congeladas, isto torna-se muito fácil.



Trata-se de um substancial pudim de castanhas. Quase vale por uma refeição devido à sua robustez, e pelos diversos ingredientes. Ora vamos lá…


Começamos por cozer um quilo de castanhas em água, com um pouco de sal e erva-doce.

Descascamos e cozemos à parte também duas batatas doces de tamanho médio.

Depois das castanhas estarem cozidas, levamo-las a ferver em meio litro de leite e cem gramas de açúcar.


Quando obtivermos as castanhas e as batatas cozidas passamo-las juntas pelo passe-vite.

Juntamos a raspa e o sumo de meia laranja e quatro folhas de gelatina previamente derretidas num pouco de água.


De seguida, batemos firmemente 2,5 dl de natas e acrescentamos.


Batemos três claras de ovo em castelo e cuidadosamente envolvemo-las com o puré.



Untamos então uma forma de bolo com óleo, e lá despejamos o preparado e levamos ao frigorífico onde deve ficar umas 4,5 horas a repousar.



Enquanto isso acontece, pegamos numa tablete de chocolate de culinária e derretemo-la em banho-maria com uma colher (de sobremesa) de manteiga e um pouco de leite. Juntamos depois o sumo de meia laranja.

Quando se desenformar o pudim, cubrimo-lo com este molho.



Viva a castanha!

(Viva!)




6 comentários:

João Roque disse...

Que pena não apreciar castanhas....
Abraço.

Socrates daSilva disse...

Pinguim,
Olha que pena!
Estivessemos à mesma mesa e diria: "Mais fica!"
:-)

Abraço!

Tongzhi disse...

É muito bom, sim senhor!
Eu faço um que é mais ou menos a mesma coisa. Não leva laranja.
Um dia destes experimento a tua receita.

Socrates daSilva disse...

Tongzhi,
Estamos de acordo...
:-)

Olha, se te lembrares envia-me a tua receita, pois gosto de fazer comparações e experiências. Nesta receita o toque da laranja dá um sabor mais suave, o que aliás a inclusão de citrinos faz em muitas outras receitas.
Abraço!

Anónimo disse...

Caro Sócrates,
descobri o seu blogue por acaso (não é sempre assim que nos vamos descobrindo uns aos outros?) e gostei bastante do que encontrei.
Voltarei concerteza.
Cumpriementos.

Socrates daSilva disse...

André Couto,
Obrigado pela visita e palavras simpáticas!
Já tive também o prazer de conhecer o teu “por detrás do muro”. Está na minha lista…
Abraço!