quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Dilema

"Hannah Jones rejeitou um transplante de coração e decidiu morrer em paz na sua própria casa. Os médicos queriam fazer-lhe a intervenção cirúrgica, à força, chegando mesmo a ameaçar os pais da rapariga britânica de que tudo fariam para a conseguir retirar da sua guarda. Mas na terça-feira foi ela própria quem, numa mensagem aos media britânicos, confirmou que tinha conseguido impor a sua vontade sobre a dos especialistas.

Os advogados acabaram por desistir da acção judicial interposta, pois as assistentes sociais concluíram que, apesar dos seus 13 anos, Hannah "está perfeitamente consciente das consequências da sua decisão e tem a maturidade suficiente para poder decidir por si própria".

A adolescente, que vive em Marden, na Inglaterra, com a família, sofre de uma estranha forma de leucemia desde os cinco anos.Na tentativa de travar este tipo de cancro, foi submetida a um fortíssimo tratamento de quimioterapia, o qual acabou por lhe atacar o coração e por obrigar, ao implante de um bypass há um ano.

Mas o seu coração já não aguenta tanta pressão e a única solução era submetê-la a um transplante. Ela rejeita essa opção, pois nem assim tinha garantias de continuar viva, necessitando de ser submetida a nova intervenção cirúrgica no espaço de dez anos e a receber tratamento para que o corpo não rejeitasse o novo órgão. Isso, por sua vez, poderia acabar por reavivar a leucemia.

Hannah prefere morrer em casa e, na sua decisão, conta com o total apoio da mãe e do pai. "É óbvio que queremos que ela continue entre nós o máximo tempo possível. Ela passou toda a vida a entrar e a sair de hospitais e decidiu que já chega. Não é uma decisão impulsiva e de maneira alguma definitiva, pois se mudar de opinião, apoiá-la-emos", afirmou o pai da adolescente britânica, Andrew Jones, de 43 anos, auditor de profissão."
(Noticia do DN Online)





3 comentários:

João Roque disse...

Eu vi esta reportagem, e sinceramente, não sei que dizer...
Abraço.

Tongzhi disse...

Eu também vi...
Enquanto há vida, há esperança. Será mesmo assim?

Socrates daSilva disse...

Pinguim,
Eu também fiquei assim...

Abraço!


Tongzhi,
Vida e esperança parece que eram palavras que esta menina já não tinha no vocabulário.
Abraço!