quinta-feira, 19 de junho de 2008

Eu sei

(...)

Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu,

sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito,
que o respirar de um só, mesmo que seja o meu,
não pesa num total que tende para infinito.

Eu sei que as dimensões impiedosas da Vida
ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo,
nesta insignificância, gratuita e desvalida,
Universo sou eu, com nebulosas e tudo.

António Gedeão


10 comentários:

João Roque disse...

Afinal também falas de conceits matemáticos - Infinito...
E não esqueças que António Gedeão foi um óptimo professor de matemática.
Abraço.

Anónimo disse...

Este Rómulo de Carvalho era senhor de uma essencialidade!... Lá está, a físico-química e a matemática disciplinam a mente. E iluminam o espírito :)

Anónimo disse...

Li o poema e gostei.
Já nem sei para onde vou
Li os comentários e inchei!!!
Imaginem lá quem sou

eh eh eh

Anónimo disse...

És o Imperador, ah ah ah ah! :D

Anónimo disse...

Assim é! Boa escolha.

Luís Galego disse...

e subscrevo a mensagem do poeta...

Socrates daSilva disse...

Pinguim,
Alguma coisa ainda cá ficou do mais básico! Eu até gostava de matemática, só que andava em más companhias…
:-)
Abraço


Catatau,
Tens toda a razão! Tudo começou para mim com a “Pedra Filosofal”. O resto veio a seguir…
Abraço


Raiz Quadrada,
Vens aqui comentar
Com uma quadra brejeira
Bem tentas disfarçar
Mas cheira á Ericeira

(Preciosa a ajuda do Catatau…)

Abraço


Arion,
Obrigado!
Abraço


Luís,
É de facto linda e verdadeira…
Abraço

papagueno disse...

A ciência está sempre presente na poesia de António Gedeão. É a ponte entre o poeta António Gedeão e o professor Rómulo de Carvalho.
Ainda não tinha cá vindo com esta identidade para te agradecer as visitas e os comentários no meu cantinho.
Um abraço.

Anónimo disse...

Pois, pois...
com a Ericeira de fora!!!

Socrates daSilva disse...

Papagueno,
É realmente muito bonito este “cruzamento” na escrita de Gideão/Rómulo.
E eu é que agradeço esse teu cantinho tão calmo e reflectivo.
Abraço

Gato escondido,
A Ericeira é tão grande para a tentar esconder…
Abraço