Mas por vezes, na rua, sem reflectir, com um gesto natural, ela tomava-me o braço, e então, sim, eu dava por mim a chorar essa outra vida que poderia ter sido, se alguma coisa se não tivesse quebrado tão cedo.
... era o curso inteiro dos acontecimentos, a miséria do corpo e do desejo, as decisões que se tomam e que se não podem fazer voltar atrás, o próprio sentido que escolhemos dar a essa coisa a que chamamos, talvez erradamente, a nossa vida.
In As Benevolentes, de Jonathan Littell
quinta-feira, 5 de março de 2009
Se
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8 comentários:
"...as decisões que se tomam e que se não podem fazer voltar atrás, o próprio sentido que escolhemos dar a essa coisa a que chamamos, talvez erradamente, a nossa vida."
Lindo... Obrigada pela partilha...
beijinho...
Os IF... os "se" da vida... são isso mesmo são escolhas umas tras das outras que não nos deixam voltar a tras apenas nos deixam reflectir sobre elas...o que até já não é mau de todo para quem tem essa capacidade!
Um beijo...
Esse excerto vem mesmo a calhar, é pequeno, mas a mim dá-me uma visão bem clara e límpida do subconsciente da pessoa em causa.
Posso estar errado, é bem provável que esteja, mas quando há escolhas a serem feitas, há caminhos que se fecham mal a decisão é tomada.
*Hugs n' smiles*
Carlos
este também está na pilha...
Estas leituras fazem-te mal...! :)
Forte abraço
Como diz o povo, só não há remédio para a morte... Mas já falámos tantas vezes sobre isto, não foi? Abraço!
Estes "ses" deterministas fazem um certo "gorgulho"...
Alguns serão mesmo, sem dúvida, mas outros...
Eu penso sempre que temos direito, e até obrigação, de procurar ser felizes!
Abraço
Estimado pessoal que me atura e comenta…
Esta é mais uma daquelas frases que assumem um desabafo desfasado no tempo, mas ao mesmo tempo sempre debaixo da pele.
É uma espécie de suspiro que sai alto e profundo inesperadamente no meio de uma conversa que se quer, a toda a força, racional e serena.
É uma lágrima seca que cai sem que ninguém note…
É pá, desculpem lá as voltas que estou a dar, mas seja lá qual a exacta razão, ela diz-me muito. E sempre me dirá, seja lá o que eu consiga fazer no futuro, nesta coisa a que me habituei a chamar a minha vida.
(Sendo agora mais atencioso que é o que vocês todos merecem…)
Carpe diem,
Bem hajas pelo beijinho e por tudo.
Free_soul,
Cada vez concordo mais com essa opinião. Estou farto de não reflectir no passado e depois, como consequência, andei a fazer sucessivamente as mesmas asneiras. E como diz o outro: “Quando a cabeça não tem juízo…”
Carlos,
Sobre o personagem do livro, tens que o ler para entender a complexidade que contem. É intenso. Sobre os caminhos e decisões… Nem sei que te diga.
Abraço!
Violeta,
Vais gostar. O tema é perturbador, mas muito bem escrito. É uma opinião…
(Obrigado pelo belo SE que publicaste no teu blogue!)
Bjs
Maurice,
Eu entendo o que queres dizer, mas não resisti a lembrar-me dessa tua frase noutro contexto. Durante muito tempo escutei esse tipo de “principio”. Existiam livro e assuntos que faziam mal…
Mas, já me deixei disso. Se fazem mal, terei algum palmo de testa para saber onde está o mal e desmontá-lo. Vou a todas, agora.
Eu sei o que quisseste dizer, mas foi só uma espécie de cruzamento de ideias.
Abraço!
Vasco,
Já falamos sim senhor! E, queira Deus, havemos de falar mais…
:-)
Abraço!
Daniel,
Ser ou não ser (verdade)…
Abraço!
Tong zhi,
Também já falaste também disso algumas vezes. E bem.
Abraço!
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